segunda-feira, 2 de maio de 2011

Relato do parto.



Vou aqui relatar a quem interessar o dia do parto de Ana Bárbara.
Eu estava na 38 semana e mesmo sabendo que ela poderia chegar a qualquer momento, meio que me esquecia disso. =)
No dia 23/03 anoite senti algumas dores e disse para meu marido David, mais nem liguei muito. E fomos dormir.
E no dia 24/03 acordei ás 06h15 com dores muito fortes. Chamei meu marido e disse que estava sentindo muitas dores. E assim, fui logo levantando e fui direto pro banho, fiquei lá no chuveiro por algum tempo, pra relaxar e tentar me acalmar, porque se ansiedade aumentasse seria pior.
Liguamos pra minha mãe e passamos na casa dela, porque claro, queria minha mãe do meu lado, mesmo não tendo certeza que seria a hora.
Fomos para o hospital, onde fiquei esperando, não por muito tempo para ser atendida pela obstetra de plantão. E fiquei na sala de espera junto com meu marido e minha mãe que estavam mais nervosos que eu. Na verdade eu estava muda, não queria falar, queria presta me concentrar em tudo que estava acontecendo e queria pensar. Tanto que minha mãe e meu marido, ficavam me perguntando toda hora:
- Você está bem? Tá sentindo o que? E blá, blá, blá...
E eu ficava cada vez mais nervosa quando eles me perguntavam, engraçado!
Até que chegou a hora e fui chamada pela Dr. Matilde.
Entramos eu e meu marido na sala, onde a Dr. Matilde, foi logo mandando eu deitar para me examinar, logo depois que eu disse que estava sentindo contrações de 5 em 5 minutos e de quanto tempo estava de gestação. Quando ela me examinou disse que eu estava com 2 dedos e 1/5 de dilatação, e disse que teria de ser cesarea porque a garotinha era grande... fiquei chateada, na verdade muito decepcionada pra ser sincera. Porque ninguém mais do que eu queria ter um parto normal.
Foi logo me dando um monte de papéis, para internação... e
Pronto... isso bastou pra eu ficar mais nervosa e com medo... e fui muito boba,porque era tudo novo pra mim, a minha primeira gravidez e estava muito ansiosa e devia ter falado pra médica que eu queria ter parto normal, depois eu fiquei pensando junto com meu marido, que os médicos ficam com preguiça de esperar um parto normal, querem logo a praticidade de cortar e arrancar o bebê a força do ventre da mamãe. Enfim...
Me encaminharam para sala de medicamento, e pediram para eu dar todos os objetos para meu marido, dei os brincos, os 4 piercings (que foram horrivéis de tirar)e foram logo me dando uma daquelas camisolas super indiscretas, que o bumbum fica todo de fora para quem quiser ver. E me deitaram em uma maca em um sala que já tinha uma gestante que estava sentindo muitas dores, porque ela ficava gemendo muito... e confesso que isso me assustou de ínicio. Daí veio uma enfermeira e me colocou aquela agulha na mão para depois dar todos os medicamentos e soros, e cá entre nós, isso dói pra burro. Fiquei esperando não sei quando tempo, porque estava sem me relógio e na sala não tinha relógio também pra ajudar. A gestante do lado, puxou assunto e ficamos conversando um pouco, e as minhas contrações começaram a ficar cada vez mais fortes e eu ficava até dura naquela maca quando "elas" vinham. E depois de algum tempo, vieram me buscar pra subir para a sala de parto. Uiiii, que medo!!! A ansiedade veio agora com tanta força que de dava arrepio e engolia seco. Encontrei meu marido no corredor e logo depois na sala de espera minha mãe, onde os dois se despediram de mim e eu não pude nem abrir a boca pra falar nada, porque as lágrimas estavam brotando nos meus olhos e eu não queria chorar naquela hora, onde todos na sala de espera e da recepção estavam me olhando.
Dei um role no hospital até chegar em um sala grande, onde tinha várias macas como a minha, algumas vazias e outras com pessoas.
Demorou um pouco e vieram me buscar. Fui para enfim para a sala de parto, onde eu senti muito frio ao entrar, e me mudaram de maca, e eu ficava só olhando para aquelas luzes no teto de um tom de azul muito bonito. Estava tão ansiosa que tentava me distrair.
Um bando de enfermeiras conversando, e logo entra um homem e vem conversar comigo dizendo que era meu anestesista. E logo me pediu para sentar com ajuda das enfermeiras, mais tive que esperar porque estava sentindo mais uma daquelas contrações. Pronto ele me deu a anestesia peridural. O mais engraçado foi que mal recebi a anestesia e minhas pernas e pés começaram a esquentar e logo a formigar.
Lembro que colocaram um medidor de pressão no braço direito e o braço esquerdo ficou esticado como o outro para continuar tomando o soro.
E em alguns poucos minutos a Dr. Matilde entra e vem para realizar seu trabalho. Ela começou a me "cortar" era 11h00, sei disso porque atrás de mim tinha um enorme relógio, onde eu não parava de olhar. Senti um empurrões nada agradáveis. E logo ouvi a Dr. dizendo: É UMA MENINONA!!! Ás 11h04, e eu já me debulhando em lágrimas, escutei um chorinho baixinho, junto com um engasgo. Fiquei tão emocionada que não conseguia dizer nada... e eu continuava a ouvir o choro, e um gritinho, onde foi motivo de risadas entre a equipe toda. E logo disseram que essa menina já nascera mimada. Consegui apenas dar uma risadinha entre as lágrimas. Me trouxeram ela pra eu ver, chorei mais ainda, vi só cabelo na menininha, e ainda por cima pretos, bati os olhos nela e vi que era a cópia do papai. Depois levaram ela denovo, e a médica começou a fechar a minha barriga. Onde juro que é chato, não sentia dor, mais sentia os tais empurrões bem mais fortes, e me dava agonia, e queria que acabasse logo aquilo. Me mostraram ela novamente já embrulhadinha em um pano verde horrível, e já que não podia passar a mão nela, porque eu estava com os dois braços presos, encostei meu rosto no dela e dei um beijinho e disse: Calma meu amor, mamãe tá aqui!!! Como eu sonhava em dizer isso...Logo acabou, e eu pude ficar com minha princesinha de cabelos pretos nos braços e me levaram para aquela mesma sala, aquela que tinha mais macas. E eu queria dar logo o peito pra ela, e a enfermeira disse que se eu quisesse poderia dar. Não perdi tempo e fui logo tirando o peito pra fora e dando pra menininha que chorava. E pra minha tristeza e decepção, não saia nada e eu quase não tinha formado o bico.
Isso me causou decepção e muita tristeza de pensar que eu não tinha leite para amamentar minha filhinha. Vinha várias enfermeiras para me ajudar a dar o peito pra ela e nada. Então, tive que complementar com o NAN no hospital mesmo, onde eu dava na seringa. Mais não desisti e continuei tentando porque era o que mais queria, era amamentar. Só tinha mais colostro do que leite. Enfim, esse tema é pra outro post...
E quando fui para o quarto, logo meu marido e minha mãe foram nos ver, e ficaram emocionados.
Depois levaram ela para o banho no meu quarto mesmo, e depois foi eu que fui para o banho, na companhia de uma enfermeira que foi muito atenciosa comigo e me auxiliou no banho.
Bom, depois de tudo, a anestesia começou a passar e a dor veio para me perturbar. Ficava pedindo remédio toda hora...rs.
Vamos dar uma acelerada nisso... e contar mais rápido sem muito detalhes.
Queria muito ir embora pra casa e poder curtir melhor minha família e a mais nova membra. Quando cheguei em casa, não conseguia descansar, não conseguia ficar parada, affe, fiquei numa euforia que nunca tinha visto. E isso acabou me deixando com mais dores. Mais depois aprendi e fui começando a descansar, na base das broncas do meu marido e da minha mãe.
Mais tudo isso valeu muito a pena, só de ver aquela coisinha linda no berço, acaba com qualquer dor.

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